quarta-feira, 14 de julho de 2010

PRIMA MATÉRIA

O que dizer...
Os versos me escapam como pássaros que alçam vôo dos caçadores vorazes...
Ou como aves que vão para o sul a se perder de vista o norte.
Fogem do inverno que não existe, escapam pelos sentidos...

-E tem-se sentido tanto ultimamente...

-As palavras ganharam vida,os dias de sinestesia se encheram,mais do que rimas e signos,ou métricas e sonetos,eu vejo...
Com esses olhos que hão de padecer um dia,os teus olhos Ariostos...
A poesia materializada,viva,a beijar-me numa alcova de grama,aos pés de Deus ...


Amanda Braga

vie...

Um verbo intrasitável.
Um suspiro talvez,
Uma colagem multifacetada de análises individuais...
Uma relatividade insolita...Infinita...
Uma ilusão realista do surreal dadaista,impressionista fulgaz.
Uma flor vermelhecida,
Um confisco de morte.
A antitése,
Um traço.
Um rabisco,
Um risco.
Aforismos...
Indelicada.
Voraz...

DO SILÊNCIO...

A meus olhos parados e a minha boca muda:
O hibridismo...A passagem das horas...O niilismo... E o ocaso da noite.
Parou para sentir o negro e a voz baixa...

- O silêncio que é grito e incomoda,mas cômodo aos meus ouvidos e a minha alma inquieta...
- O silêncio da sala cheia de gente e vázia de mim;
- O silêncio que é uma rosa vermelha e intensa onde se escondem os desejos e as quimeras...
- O silêncio do claro e escuro e das constelações intimas...
- Os silêncios dos meus ouvidos que se repete e repete frenéticamente em seus diários idilios...
- O silêncio das minhas mãos dos outros;
- O silêncio da minha perplexia;
- O silêncio meu de todo dia,no qual meus olhos falam a tua boca vázia...

Amanda Braga