domingo, 27 de março de 2011

...

Por hora me faltam os versos...
Por hora me escorre a calma.
Aquela paz eloquente dos meus ouvidos,
Aquele frêmito subto, silencioso e lento
Que apresta o meu grito.
Fazendo partir a minha languidez fértil...
Foste tu ó moço dos olhos rasos de dor,
Que roubaste a minha melancolia.
Roubaste o sol da noite para me dar o dia,
E toda pureza dos versos escritos à mão...
Agora, me fazes escrever com vida.
E ser verbo... E ir por depois dos montes de todas as lógicas e ser infinita e inteira...
Heis a pureza meu amor... E heis a pureza...



Amanda Braga